Ensinamos com tecnologia, mas educamos com sensibilidade
Ensinamos com tecnologia, mas educamos com sensibilidade
"Em toda a parte só se aprende com quem gosta"
Johann Goethe
Vivemos, hoje, tempos inimagináveis. Pela violência que encerram. Que decepam sentimentos, subtraem afetos. Sentimos a mutilação na ausência dos nossos alunos. E, queremos crer, que o inverso também se verifica.
O ensino pressupõe saber, daqueles que aprenderam e têm paixão por ensinar. E isso exerce-se na relação dialógica e empática que estabelecemos numa relação construída no afeto e na interação.
Cabe-nos, agora, sair de nós próprios e buscar o sentir que está “do outro lado”, envolvendo, captando, chamando a si. Ensinamos com tecnologia, mas educamos com sensibilidade.
Este esforço conjunto (docentes, alunos, famílias) é um apelo, uma exigência que exorta a uma vontade produzida no querer e na escolha de quem deteta fragilidades, mas quer superá-las: ensina-se a água pela sede.
E é esta sede do desejo de ensinar e aprender que nos irmana no objetivo comum. Estamos unidos na cumplicidade de quem acredita.
Vamos regressar. Presencialmente. À alegria de estar juntos. No envolvimento, único, da educação. Com segurança e em segurança.
Na ligação peculiar de quem se gosta, no anseio do exercício diário desejado, vamos depositar a esperança de um retorno feliz.
Estamos à vossa espera,
Aníbal Marques Diretor do Agrupamento de Escolas de Anadia